O bom desse fervor todo em relação ao (in)Feliciano, a PEC das Domésticas e a cantora Daniela Mercury ter assumido o seu relacionamento com outra mulher (coisa que foi amplamente noticiada no carnaval, mas que as pessoas acharam que era boato na época) é que a gente consegue pescar, nos detalhes, o preconceito enraizado, os discursos homofóbicos e que o racismo ainda existe de uma maneira cruel e velada.
Vez ou outra, me assusto de ver colegas jornalistas, blogueiros, comunicadores, formadores de opinião, gente estudada, com posts tão preconceituosos...isso é tão triste! Colegas que acham que tirar sarro de negros, gays, nordestinos, mulheres, evangélicos, deficientes, etc., é a coisa mais engraçada do mundo.
Dei block em um monte de gente, outras parei de assinar o conteúdo. Infelizmente, tem pessoas que surfam na onda, que não refletem sobre o que curte ou compartilha nas redes sociais. Chega uma hora que cansa, que parece que a gente está lutando contra o vento. Não se trata de ser politicamente correto. É questão de bom senso. Respeito é bom e todo mundo gosta.
Dei block em um monte de gente, outras parei de assinar o conteúdo. Infelizmente, tem pessoas que surfam na onda, que não refletem sobre o que curte ou compartilha nas redes sociais. Chega uma hora que cansa, que parece que a gente está lutando contra o vento. Não se trata de ser politicamente correto. É questão de bom senso. Respeito é bom e todo mundo gosta.
Ontem, por exemplo, aconteceu algo comigo que me incomodou. Pensei em não escrever sobre o assunto, mas acho que vale a pena sim compartilhar para as pessoas verem o quanto o preconceito ainda é latente em BH, no Brasil, no mundo.
Ao ir do meu bairro para o centro, dentro do ônibus, uma adolescente entrou com a mãe. Havia só dois lugares, um na frente do meu banco e a outra vaga no meu lado. A garota que deveria ter uns 13 anos disse em alto e bom tom: "mãe, não vou sentar perto desse cara negro".
Ao ir do meu bairro para o centro, dentro do ônibus, uma adolescente entrou com a mãe. Havia só dois lugares, um na frente do meu banco e a outra vaga no meu lado. A garota que deveria ter uns 13 anos disse em alto e bom tom: "mãe, não vou sentar perto desse cara negro".
Eu virei e disse: "quem disse que eu quero que você se sente no meu lado? Você cala a sua boca que racismo é crime". A mãe tentou colocar panos quentes, mas eu me exaltei e disse poucas e boas. A menina ficou de pé até o centro com a cara emburrada, como seu eu fosse o errado da história. Nem que se ela quisesse, eu ia deixar que ela se sentasse do meu lado depois disso tudo. Fiquei nervoso.
Mas o que mais me deixou com raiva foi o fato é que essa menina, assim como outros jovens, receberam essa educação racista, preconceituosa. Como mudar isso? São séculos de enfrentamento contra esse tipo de preconceito, de crime, de ofensa gratuita, e ver que esse tipo de atitude ainda existe me dá nojo!
Mas o que mais me deixou com raiva foi o fato é que essa menina, assim como outros jovens, receberam essa educação racista, preconceituosa. Como mudar isso? São séculos de enfrentamento contra esse tipo de preconceito, de crime, de ofensa gratuita, e ver que esse tipo de atitude ainda existe me dá nojo!
Sou uma pessoa super calma, do bem, mas detesto injustiça. Não tenho sangue de barata. Enquanto houver gente achando que ser de outra cor é ser inferior, que meninos gostarem de meninos e meninas gostarem de meninas é errado, que quem não segue determinada orientação religiosa é amaldiçoado, a gente vai continuar passando por esse tipo de intolerância, de preconceito.
Chega! Gente, o mundo é diverso, plural. Tudo bem ser diferente! Vamos amar e ser feliz que isso é o mais importante. Ainda bem que somos iguais nas nossas diferenças. Como diria a Regina Casé: Xô, preconceito!
Chega! Gente, o mundo é diverso, plural. Tudo bem ser diferente! Vamos amar e ser feliz que isso é o mais importante. Ainda bem que somos iguais nas nossas diferenças. Como diria a Regina Casé: Xô, preconceito!
